terça-feira, 16 de agosto de 2016

O 47o. Sarau da CA, nas palavras da poeta Rosinha Morais


Quando o Akira me chamou e me disse que gostaria que eu fosse a poeta convidada do 47º Sarau da Casa Amarela (Minha casa!), se eu aceitava o convite, minha primeira reação foi fugir, foi um misto de prazer e desespero. Como assim, eu, poeta convidada? Na Casa Amarela? Respirei fundo, não pensei muito na consequência daquilo tudo e respondi sim. A partir da minha resposta, fui digerindo pouco a pouco toda a emoção que o convite representava, houve nervosismo, apreensão, negação, emoção, muita emoção. O primeiro desafio era escrever algo sobre mim. Pedi socorro a alguns amigos e por fim, acabei fazendo um mosaico com coisas que falaram sobre mim ao longo do tempo.
O segundo momento de nervosismo veio na escolha dos textos e de como me portar, como dominar a ansiedade e assumir o palco? Foram dias de elevar os meus textos e rebaixá-los, o que parecia ser perfeito de repente passava a inexpressivo, acabou por ter textos escolhidos no último minuto.
Aí veio a pergunta crucial: Como vou apresentar os textos?
Decorar era impossível.
Já dentro da Casa Amarela, um insight que havia tido antes, ganhou volume. A Casa Amarela é um local de amizade (Desconfio que seja um organismo vivo, onde habitam os deuses da amizade), foi nesse instante e dentro da casa que pensei nos amigos e recebi o sim de cada um deles, e poderia ter recebidos ainda mais “sim’s”, se assim eu tivesse desejado.
Estava decidido como seria a minha apresentação, inteiramente alicerçada na amizade. Amigos que doaram as suas vozes e suas interpretações às minhas poesias, amigos aos quais eu declaro a minha gratidão e o meu carinho:
Warley Noua interpretando Agonia
Silvia Maria Ribeiro interpretando (Re)Ação
Lilian Argenton interpretando Facetas
Sueli Kimura interpretando Justiça
Enide Santos interpretando Intempestivo
Escobar Franelas interpretando Baile de Máscaras
Inês Santos interpretando Pássaro Selvagem
Joel Dias Filho interpretando Infinito
Minha emoção se estendeu além de tudo à responsabilidade de dividir o palco com o talentoso Tiao Baia, músico convidado e com o Vandei Oliveira Zé, que estava lançando seu livro Falo.
Parecia impossível se tornar mais emocionante, mas se tornou quando oOswaldo Ribeiro Tiveron declamou um poema feito especialmente para mim. Gratidão meu amigo! A emoção continua a cada nova leitura que eu faço.
Por fim, fica a minha gratidão ao Akira Yamasaki, a Sueli Kimura, aoEscobar Franelas, ao Luka Magalhaes pela confiança e pela fé que depositaram em mim.
Gratidão a todos os amigos, pelo apoio, pelas palavras, pelos abraços, beijos, carinhos.
Rosinha Morais

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