segunda-feira, 27 de julho de 2015

Trinca de ases no Sarau da CA: Ana Cláudia Marques, Clayton de Souza e Daniele Carbonera

MC Akira clicado pelo Idevanir Arcanjo
Ana Cláudia Marques, poeta com veludo nas cordas vocais
Parte do público lindo da CA flagrado pelo olhar atento de idevanir Arcanjo
A obra visceral de Daniele Carbonera
Éder e Lígia: delírio sonoro anotado por Idevanir Arcanjo
Tiveron: simpatia musical eternizada pelo olhar de Idevanir Arcanjo



1. Regional "Toca do Choro"
2. Ana Cláudia Marques
3. Daniele Carbonera
4. Clayton de Souza
5. João Maloca
6. Jorgina
7. Santiago Dias
8. Mauri de Noronha
9. Ligia Regina e Éder Lima
10. Enide Santos
11. Euflávio Madeirart
12. José Pessoa
13. Akira Yamasaki

14. João Caetano do Nascimento
15. Jose Carlos Guerreiro
16. Silvio Kono
17. Canindé Medeiros de Lima
18. Alexandre Santo
19. Carlos Bacelar
20. Arnaldo Afonso
21. Mário Neves
22. José Darc Maya
23. Tiveron
24. Pérola Negra
25. Escobar Franelas
26. Punky Além da Lenda (exposição de artes visuais)

Este a seleção que subiu ao palco no 36º Sarau da Casa Amarela no domingo, 19 de julho.
Ana Cláudia Marques trouxe "O poente, o poético e o perdido", livro absurdamente gostoso de se ler, com sua pérolas imantadas de uma poiésis que bem merece um "P" maiúsculo; além da voz inebriante e o humor contagiante, uma simpatia natural que extravasa qualquer linguagem, sendo apenas e tão e somente sensação: sensação boa, de paz, de aconchego, de serenidade...
Também o professor e escritor Clayton de Souza veio com seu "Contos juvenistas" para ser relançado na CA. Clayton, que também é colaborador do jornal Rascunho (PR), um dos melhores - senão o melhor jornal de literatura do Brasil - nos apresentou sua prosa sensível cujo mote é o protagonismo juvenil. Plantou um bosque de saudades cujos frutos vamos colher nas folhas de sua obra.
Daniele Carbonera, heterônimo poético de Laércio da Silva, veio para a CA com sua nova obra, "Attacca mezzo forte incontido", um flerte da poesia com a Filosofia. Ouvi-lo recitando um trecho de sua obra foi um voo alto, em que suas asas levou-nos desde uma antiquíssima Grécia até o abismo da pós-transvanguarda, ou algo próximo dessa terminologia, se há.
Junte-se a participação especialíssima do regional Toca do Choro - a cereja do bolo - aliás, lembrando que a voz de cristal de São Miguel, o inimitável Pérola Negra fazia aniversário nesse dia, a presença marcante do cantador Mauri de Noronha, o catalisador de emoções Santiago Dias, a inspiração canora de Lígia Regina e Eder Lima, a presença inédita do jornalista Idevanir Arcanjo - São Miguel é um recanto do céu, com seus múltiplos arcanjos! - os bolos, os salgados, os doces, o café da Rosinha Morais, o sorriso indefectível da hostess Sueli Kimura... e tudo, tudo, absolutamente tudo, fica mais bonito nos domingos em que tem sarau na Casa Amarela.
Obrigado, Akira, pela ideia feliz de criar a nossa disneylândia poética uma vez por mês...
Tim-tim!

* Eita! E olhe que esqueci de falar da exposição dos trabalhos visuais do Punky, grafiteiro de mão cheia (e colorida) das bandas do Itaim, que espalha cores, sorrisos e humor por onde passa. Só pra reparar a mancada, Punky, a exposição, que ficaria até 31 de julho na Casa Amarela, agora vai ficar até 31 de agosto. Confere, produção?
A turma "amarela" no clique final de Ivanir Arcanjo
CD com a música de Ana Cláudia Marques, mimo sorteado durante o sarau, em foto de Lígia Regina
Clayton, saudado por mim, e clicado por Lígia Regina
A capa de Contos Juvenistas, fotografada por Lígia Regina
Daniele Carbonera lendo trecho de seu tratado poético-filosófico, clicado pela rapidez de Lígia Regina
A capa antológica da antologia de Ana Cláudia Marques, em clique de Lígia Regina
Toca do Choro, "cereja do bolo" que não escapou do clique de Lígia Regina


quarta-feira, 22 de julho de 2015

XXXVI Sarau da Casa Amarela - Resenha de Ana Claudia Marques


Era um domingo de julho. Um convite, há muito feito, havia sido aceito por mim, e eu desembarquei na Casa Amarela, em S. Miguel Paulista, lá pelo meio da tarde, acompanhada de marido e filho. Fui recepcionada por Akira Yamasaki e por Escobar Franelas, poetas de mão cheia e articuladores do Sarau da Casa Amarela.
Nos conhecemos – os três – através de Marciano Vasques, um ser humano de coração do tamanho do mundo, que uniu vários escritores numa antologia poética, em 2013. Desde então Akira vem me convidando para ir ao Sarau. Do outro lado da cidade  – eis a medida inexata da nossa distância. Foram necessários dois anos e um convite oficial para que eu chegasse àquela Casa.
Não havia percebido, até Akira começar a me apresentar, que eu era sua convidada especial. Especial, para mim, havia sido o convite! Relancei meu livro, O Poente, o Poético e o Perdido, em meio a muita gente atenta e afetuosa. Contei um pouco de minha trajetória e do nascimento deste livro, declamei alguns dos poemas, e cantei algumas músicas.
Conheci muitos outros bons artistas, das letras e dos sons; comi muito bolo de fubá delicioso, tomei o quentão da Rosinha, recebi o grande sorriso da Sueli, mulher do Akira, e zilhões de abraços e palavras maravilhosas de todos os que participaram do Sarau.
Tive a honra de fechar o evento com um grupo de chorinho fantástico o Toca do Choro, cantando Carinhoso. Emoção pura! Tudo ali transbordava: arte, amor, cuidados, amizade. Me senti acolhida, valorizada pela amizade de tão ilustres compadres de letras e música.
A vida é feita de momentos. Mas há momentos, como este, que fazem valer toda uma vida…
Ana Claudia Marques é poeta, cantora e compositora e esteve na Casa Amarela lançando seu livro 'O poente, o poético e o perdido'