segunda-feira, 13 de março de 2017

Resfriado, nariz escorrendo, sinusite começando. Mas hoje tem sarau - por Luka Magalhães

foto: Luka Magalhaes


Domingão, “sol de rachar”, eu resfriado, nariz escorrendo, peito expectorando, com início de sinusite.  Parti para a Casa Amarela.



Nosso Sarau completando seis anos de existência. Lembro-me do primeiro sarau que fui, em 2011, com o homenageado Escobar Franelas, quando conheci Sueli, Akira, Sacha, Gilberto Brás, Big Charlie e outros tantos; éramos poucas pessoas na casa, mas já se respirava amizade, respeito e dedicação por todas as artes. Muitos saraus se seguiram, totalizando 53 eventos na Casa Amarela e mais alguns realizados em outras paragens (não contabilizo esses, por não terem acontecido na Casa Amarela... mas Akira diz “há controvérsias”).

E nesse sarau, comemorativo, alegre, entusiasmado, recheado de arte, amizade e amor, seria redundante dizer “foi lindo, maravilhoso, incrível, inesquecível, etc....E sim. Foi tudo isso!
Tivemos, por incrível que pareça, exatas seis horas de evento; iniciamos às 16:15 e o último acorde soou às 22:15. Não que a festa tenha durado isso, pois antes do início sempre temos nosso momento social, de boas vindas e conversa fiada (e afiada também) e após o último acorde tivemos nossas despedidas com votos de “nos vemos na próxima”.

No dia, nossos amigos do “Peixe Barrigudo”, uma página do Youtube que divulga artistas da periferia, organizada por uma galera competentíssima de Guarulhos (recomendo visitar a página), estava lá para filmar um programa com nosso sensei Akira e de carona com Sacha Arcanjo.  Por conta disso, a condução ficou no encargo deste que subscreve e do Escobar Franelas, que acabou tendo de dar suporte a outros pontos da Casa...

... então a apresentação do sarau ficou em minhas mãos (resfriado, nariz escorrendo, sinusite começando).

Nossos convidados especiais abrilhantaram o evento. Ivan Ferretti declamou e trouxe consigo uma trupe para lá de talentosa. Rosa Rocha mostrou para que veio, com sua poética e musicalidade deliciosa de se ouvir. Paulo Miranda se apresentou com parcerias musicais, tocava e seus amigos cantavam e em vários momentos a Casa Amarela cantou ao som dos acordes do Paulinho. Nossos “Cabras de Baquirivú” arrasaram, apresentando o CD “Destilado de Poesia”, composto de músicas com as poesias de Rosana Crispim da Costa e de quebra trouxeram uma surpresa, com a participação de Sandra Gomes Leal, cantando algumas canções do disco.

foto: Luka Magalhaes

Tivemos poesias, músicas, tivemos pessoas que cruzaram a cidade para prestigiar o evento, conhecer o espaço e participar do sarau.
Tivemos bolo, parabéns para você e muito mais.

Tivemos arte, respiramos  arte, fizemos arte e nos contaminamos pela arte.

Tivemos grandes artistas, tivemos um sarau que marcou merecidamente o aniversário de seis anos do evento.
...


Eu gosto de brincar, dizendo que na “Casa Amarela – espaço cultural”, existe  algo que contamina as pessoas que passam por lá. Quem conhece sempre vai voltar, quem se contamina, não quer sair de lá.


foto: Luka Magalhaes

“resfriado, nariz escorrendo, sinusite começando."
...nem me lembrei disso!

... a arte que existe no sarau da Casa Amarela nos faz pensar somente em coisas boas.