quinta-feira, 31 de março de 2016

Mostra DIÁLOGO de Rosana Guimarães e Pedro Galvão na CA

Foro Luka Magalhães
Arte de Lico Cardoso


Exposição DIÁLOGO
A Casa Amarela – Espaço Cultural, abriu neste sábado, 26 de março, a mostra DIÁLOGO, com telas da artista plástica Rosana Guimarães (Interlagos, SP), e caricaturas e cartuns de Pedro Galvao (Santo André, SP). A exposição é o début de ambos no mundo expositivo, e apresenta trabalhos que ressaltam que estão no momento correto, exalando um amadurecimento que é perceptível em cada obra observada. 
Rosana trafega com desenvoltura em telas que deixam claro que a artista de 28 anos dialoga profundamente com as cores, em composições que refletem suas imersões no universo feminino e na pesquisa interior, que inclui mandalas, o abstracionismo e também o figurativo. Já Pedro Galvão, 35 anos, revela através de seus traços ágeis e fortuitos, o humor de quem vê as pessoas como sóis, delas expandindo para pequenas arquetipias que provocam o riso através do desconforto da beleza deformada.
Na vernissage, Pedro aproveitou a oportunidade do encontro e caricaturou muitos dos presentes, e ofertou os trabalhos aos interessados em levar sua arte pra casa.
A abertura da exposição antecedeu o 1º Blábláblá deste ano, que debateu o tema “Arte e educação nos dias de hoje”. Os convidados – mediados por Escobar Franelas – foram o artista plástico Èrico Alves De Olíveira e o educador Valter De Almeida Costa
A mostra ficará aberta para a visitação pública até o fim do mês de junho.
Tela de Rosana Guimarães

Cartum de pedro Galvão

Tela de Rosana Guimarães

Charge de Pedro Galvão

Tela de Rosana Guimarães

Cartum de Pedro Galvão

Tudo junto & misturado na CA

fotos Luka Magalhães

Blablablá "Arte e educação nos dias de hoje" (Considerações de Akira Yamasaki)

Arte de Lico Cardoso

baita blablablá
o blablablá da casa amarela de sábado passado - 26/03, que discutiu o tema arte e educação nos dias de hoje e teve como debatedores os brilhantes e inquietantes valter de almeida costa, educador e professor de história, e érico alves de almeida, artista plástico, devidamente mediados com a competência de sempre por escobar franelas, produziu na minha cabeça mais de cem dúvidas para cada certeza alcançada.
da riquíssima discussão, que durou cerca de quatro horas, proporcionada por todos os presentes ao evento - cerca de quarenta pessoas, uma grata surpresa considerando o feriado prolongado, sobre o papel da educação e da arte quando estamos às vésperas do impeachment da dilma e o país parece caminhar em direção à escuridão e divisão movido pelo ódio político, restou para mim uma impressão que me deixou meio assustado quando a conversa descambou para a questão da luta de classes.
falando da arte que é feita aqui nas quebradas de são miguel paulista conheço vários grupos/coletivos de arte e cultura que atuam na região, cada um com seus focos e interesses claramente definidos que compõem um amplo painel de diversidades que passa por questões como as artísticas e culturais, raciais, religiosas, de gênero e outros, onde todos eles tem em comum a reflexão, o inconformismo e a contestação às situações e poderes estabelecidos.
alguma coisa não colou direito aqui à luz das discussões permeadas pelos conceitos e chavões da luta de classes porque talvez todos estes coletivos tenham em comum um mesmo inimigo mas não tem como identificá-lo, talvez porque o que esteja em jogo no brasil de hoje não seja os ideários da esquerda e da direita e tudo não passe de simples luta pelo poder já que não enxergo diferenças entre os partidos e a questão da luta de classes seja uma falsa questão neste momento histórico.
mais de cem dúvidas para cada certeza alcançada. haverá uma nova esquerda a ser inventada que consiga harmonizar as diferenças e diversidades sob um mesmo guarda-chuva?
akira - 30/03/2016.






Foto Sueli Kimura





fotos de Luka Magalhães (exceto as citadas individualmente)

sábado, 26 de março de 2016

5 anos de Sarau da Casa Amarela - presentes para todos

Chêro de Poesia, em clique de Roberto Candido
Sérgio Fantini, pelas lentes de Roberto Candido

Foto Roberto Cândido
20 de março de 2016, domingo, 4 da tarde. Parece brincadeira que, rebobinando o filme, há cinco anos apenas, num certo março de 2011 o Akira, Sueli, Raberuan, Claudemir Santos e outros davam o pontapé inicial ao primeiro sarau da Casa Amarela, festa que hoje explode e contagia a cada mês nessa rua curta, estreitinha e tranquila do Parque Sônia, em São Miguel.
E para este 42º evento, a presença do grupo Chêro de Poesia (Vila Maria), além dos lançamentos dos livros Kitsch, de Fernando Alves de Medeiros; e Lambe-lambe, de Sérgio Fantini, ajudaram a dar o brilho mais colorido a uma tarde que ficará na memória de todos como uma epifania no culto à deusa Poesia.
Não bastasse isso, tivemos a grata surpresa da visita do poeta Claudinei Vieira, de Guarulhos; a presença luminosa de Sílvia Maria Ribeiro, que ofertou para a casa o mosaico Bentivindo, o bolo (duplo) de Rosinha Morais e o desfile fulgurante do melhor da poesia e da música, através dos vários convidados que tomaram o minúsculo palco e transformaram ele num púlpito de adoração e congraçamento em torno da deusa Poesia.
E mais: pudemos abraçar e nos emocionar com nosso amirmão (como ele nos repete sempre) Osvaldo Tiveron, que viu sua musa Gisele subir às estrelas na semana anterior e veio atenuar suas dores ouvindo, abraçando, afagando e sendo afagado e, principalmente, cantando uma emocionante Eu Sei Que Vou Te Amar (de Tom e Vinícius), que ele interpretou com ímpeto, dor e paixão, emudecendo a plateia presente. Marcos Silva, irmão do  saudoso Raberuan, trouxe-nos uns rascunhos do mano que ele guardava, leu emocionado um trecho, emocionou-nos e depois nos ofertou essas lembranças, deixou-nos de presente, de legado, por cuidado, por amor. E o coração da gente luta pra permanecer lúcido e pulsante diante de tantas benesses da vida, que a arte nos proporciona.
Passava das dez da noite quando tudo terminou. Mais de seis horas de sarau. E até agora, uma semana depois, continua retinindo aqui, em todos os meus (nossos) sentidos.
Presente de Sílvia Maria Ribeiro para a CA


Foto Luka Magalhães