terça-feira, 2 de junho de 2015

II encontro Inéditos e Inacabados - Resenha de Rosinha Morais



A segunda edição do projeto Inéditos & Inacabados, da Casa Amarela, além de manter o nível de qualidade que apresentou na primeira edição, com textos que vinham tão completos que não cabia nenhuma modificação ou comentário, que fez os presentes viajarem por universos mais complexos, como o da música, as palavras ganharam nuances de notas musicais, não na escala simples, mas a mais complexa, com Daniel e Sacha Arcanjo nos dando uma aula entre uma leitura e outra.
A novidade ficou por conta da presença do Punky Além da Lenda e sua exposição que continua acontecendo, com toda a intensidade de sua poesia visual que enche os olhos dos que tem o prazer de observá-la, nas mais diferentes facetas do artista, que nos contou como algumas foram realizadas.
Vieram as surpresas, a primeira por conta da Sueli Kimura que surpreendeu a todos com seus HaiKais, que segundo ela, era apenas uma tentativa. E que tentativa, conseguiu arrancar elogios de todos que ali estavam, com a qualidade e comprometimento. Em seguida, foi a vez da Inês, que ao contrário de outros, não teve dificuldade alguma para trabalhar com o tema e nos levou não apenas um, mas vários poemas. Escobar Franelas mais uma vez sacou sua poesia inquietante. Daniel além dos conhecimentos musicais, surpreendeu a todos com a poesia e a humildade.
Como surpresa é algo inerente à Casa Amarela, chegou o Armando, atrasado e ofegante depois da aventura de atravessar São Paulo, da divisa de Diadema até São Miguel Paulista e que junto com sua longa história de vida, apresentou sua poesia surpreendente. Teve o Mário Neves com a certeza que o poema que ia nos apresentar não era de sua autoria, mas de algum espírito que baixou nele, num dia de angústia, fome e cansaço. Aliás, depois de lido, realmente houve várias tentativas de assumir a autoria do mesmo. O Luka, como sempre, levou sua poesia e sua câmera para garantir que tudo ficasse muito bem registrado
Ainda teve mais, a chegada do Evandro Navarro, que levado por um amigo, foi conhecer o Akira Yamasaki pessoalmente.
Tudo isso sob a batuta do talentoso Gilberto Braz, que foi o mediador da roda e nos levou uma belezura de poema concreto e interativo.


Rosinha Morais

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