segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

20º Sarau da Casa Amarela - como foi?

Ceciro Cordeiro,  atração especial do 20º Sarau da CA (foto Xavier)


Mais de 100 pessoas. Umas chegaram antes mas foram embora no meio. Outras chegaram na metade e foram embora depois do fim. Muitas chegaram depois e saíram antes. E muitas, muitas outras chegaram antes e foram embora bem depois. Não importa. Foram 4 horas de evento no caldeirão da Casa Amarela. Quem resistiu, comeu as cerejas do bolo. Quem insistiu, também participou do culto festivo à deusa Poesia, ao seu modo, do seu jeito, da maneira que achamos que pode ser. Foi assim o 20º Sarau da Casa Amarela.

Uma tarde de domingo, atípica, a primeira em que Hideko, mãe de nossa queridíssima Sueli Kimura, era celebrada como “kami”, como insistiu Akira na abertura. O poeta, mentor e organizador do “sarau da amarela”, lembrou que na tradição oriental ela, tornara-se flor, nuvem, sol, lua, poesia! E nós ali, capitaneados pela poesia lírica, urgente, pungente de Éder Lima, Sacha Arcanjo e do próprio Akira, rendemos nossos pensamentos à matriarca que tornou-se estrela nessa semana.  
Emocionado, o japa não agüentou o tranco e cedeu o microfone para que eu e Ligia Regina tomássemos conta do evento. Desconfio que o japa deu bala pra criança.
Fizemos, né, Lígia? Fizemos, do nosso jeito. Quer dizer, sem jeito.
O convidado especial dessa 20ª edição do Sarau da Casa Amarela era o cantor, compositor, enigmático e performático Ceciro Cordeiro. E foi assim, de forma inusitada, que ele subiu ao palco acanhado da casa, pequeno para seu tamanhão, e ali cantou e contou histórias, desde lá lonjão, quando, na década de 1970, começou a  cantarolar, influenciado pelos repentistas e pelo canto das lavadeiras de seu Pernambuco natal, cismou que queria cantar também.
A tarde avançava acelerada, na música serelepe de Ceciro, quando este cedeu seu banquinho para um desfile de pérolas e outras pedras preciosas. Atendendo ao convite, vieram Sandra Frietha, Luka Magalhães, Lígia Regina e Eder Lima, João Caetano, Alexandre Santo, Seh M. Pereira, Paulinho dhi Andrade, Gilberto Braz, Kita (do Sarau da Maria), o cordelista Costa Senna (chegando de shows no Ceará direto pra CA), mais a dupla Brener e Juliana (e seu trompete).
Da tchurma do Hospício Cultural, chegaram chegando Bruno Azenha, Lucas Afonso, Rafael Carnevalli, Daniele, Cabelo, Tiago, Karoline, Pinga, Rodrigo e Felipe.
E teve ainda Manogon, Akira, Romildo de Souza (e seu violão sempre suingado), Os Kabras de Baquirivú (Ronaldo Ferro, Joaquim Lima, Xavier, Quinho, Pérola Negra, mais a participação especial de Beto Rios), Tião Baia (com a participação especialíssima do Camacho, assinando pela primeira vez a lista de presença na CA), Gildo Passos (sempre o epicentro do carisma), acompanhado de Marcel Acauã, e eu, em algum momento que o som falhou, embromando nuns poemas dispersos, para entreter a platéia.
Não bastasse a alegria da celebração, o cantor, compositor, arranjador e produtor Lucas Cabral (parceiro do Xavier em outros projetos na Casa de Farinha), fez um belíssimo trabalho de captação de áudio para que o registro vire um cd, a ser divulgado em breve.
O Sarau também rende loas, palmas e outros xavecos aos Big Charlie, Carlos Scalla, Luka Magalhães, Célia Ribeiro, Xavier e tantos outros que nos eternizam com suas inseparáveis câmeras, que tudo veem e registram. Também endereçamos beijos, abraços e afagos à Célia e Clarice Yamasaki, além do grande e onipresente Henrique Gabriel, autêntico estafe 5 estrelas.
Quer dizer, o ano mal começou e podemos deduzir que os primeiros gols já foram feitos. E, em ano de copa do mundo, vamos lutar para que a poesia, a arte, ganhem de goleada. Invictas.

Lucas Kabral, produção de cd do sarau (foto Xavier)
 
Os Kabras de Baquirivu, atração do sarau (foto Ligia Regina)
Pessoal atento ao sarau (foto Luka Magalhães)

Arte de Luka Magalhães  para o 20º sarau da CA

Arte de Manogon  para o 20º sarau da CA









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