Prática curta de meditação, conduzida pela naturóloga Andréa Ferraz Campos (foto: arquivo de S.Kimura/C.Yamasaki) |
A manhã do sábado ainda tinha uma fina penugem de frio quando acordei, atrasado, e saí de casa num zás-trás. Tinha encontro marcado com a equipe às sete. Meia hora de atraso e mesmo assim o sorriso acolhedor da Célia e da Sueli dão o primeiro sinal de que está tudo bem. Peço desculpas a elas mas desconfio de que nem era necessário. Estamos praticando o bem-estar até nos pequenos gestos.
A Casa Amarela - Espaço Cultural, baseada nas questões que envolvem o exercício pleno da cidadania, procura, a partir deste ano de 2013, também dinamizar projetos que envolvam a implantação e gestão de programa voltados para o bem estar. Este conceito soma-se aos outros vetores artístico-cultural, educacional e sustentável, já vivenciados na prática do espaço. Com este novo propósito, várias ações têm sido executadas pelos membros da casa. Exemplo concreto dessas ações foi o que aconteceu neste sábado último, 3 de agosto, quando juntamente com a psicóloga Maria de Fátima Rufino e a naturóloga Andréa de Ferraz Campos, a CA - diga-se, Sueli Kimura, Célia Yamasaki e "euzinho da silva" - desenvolveu um grande cardápio de ações dentro da EMEF Prof. Alex Martins Costa, na Cidade A. E. Carvalho, zona leste da capital.
Foi a partir de um convite de Inês Santos, coordenadora pedagógica da escola, que pudemos apresentar e vivenciar momentos únicos de integração e troca de saberes com mais de trinta professores. Todos puderam experimentar o cardápio preparado especialmente para a data, com a ludicidade proposta nas danças circulares, uma pequena introdução aos conceitos e práticas de alguns movimentos de Pa Tuan Chin e Yoga (orientais), apresentação de estudos arquetípicos das deusas Afrodite e Athena e o deus Apolo (mitologia grega) e, por último, uma inusitada degustação de patê de tofu, iniciação sutil aos princípios da sustentabilidade aplicados à gastronomia diária.
Declamando o poema Empate, de minha autoria, dei o pontapé inicial, apresentando, a seguir, apresentei um pouco da história da Casa Amarela enquanto espaço de fomento, difusão e produção cultural, artística, educacional e sustentável. O próximo passo foi convidar Sueli Kimura para explicar um pouco dos conceitos de bem-estar que a CA está promovendo através de suas ações. Após isso, Andréa Ferraz fez uma pequena introdução do universo dos movimentos do Pa Tuan Chin, prática oriental que trabalha o elo entre mente e corpo. Neste momento, percebia-se ainda o nervoso latente entre alguns e os travamentos naturais para envolver-se de vez na atividade.
Fátima Rufino sucedeu Andreia e fez uma explanação sobre a mitologia grega e como os valores simbólicos permanecem no senso comum e nas práticas cotidianas de todos. Após a apresentação da história e dos arquétipos de Afrodite, Athena e Apolo, foi proposto um exercício de identificação com suas permanências e simbologias nos dias atuais. Neste momento já percebia-se um envolvimento maior entre todos.
A programação seguiu seu curso agora com meditação a partir dos preceitos da Yoga. Momento de muita introspecção mas de ganhos irreversíveis para cada um dos presentes.
Um hilário momento de descontração, vivido dentro da informalidade das danças circulares, foi o penúltimo ato, antes antes que todos pudessem provar o delicioso patê de tofu preparado com ervas orgânicas, que foi muito apreciado, em repetidos elogios.
Quando, enfim, por volta do meio-dia, começamos a trocar abraços, cartões, endereço no Facebook e outras formas de contato, sabíamos que tinha acabado, ao menos por enquanto. Saímos. Lá fora o sábado brilhava sob um sol intenso. Sob todos os aspectos, o dia realmente estava ganho.
Texto de Escobar Franelas
Fotos de Sueli Kimura / Célia Yamasaki
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSim, até porque foi você Sueli, e a Célia que definitivamente fizeram "tudo acontecer", desde a articulação inicial. O texto agora foi reelaborado, sem a afobação de querer falar de tudo em pouco tempo. Beijão!
Excluir