quarta-feira, 18 de maio de 2016

Sarau da Casa Amarela - emoção à flor do palco!

MC Akira capturado pelas lentes de Miragaya

Se há alguma palavra que possa traduzir 1% do que foi o Sarau da Casa Amarela neste domingo, ela deve ser esta: emoção! Talvez existam cinquenta outras palavras que retratem com mais qualidade a experiência vivida ali: epifania, alumbramento bandeiriano, espanto gullartiano, catarse, paixão, culto, redenção, sublimação, transcendência, profusão, enternecimento, desrealização, fuga, estremecimento, aliteração, exorcismo, expiação, assoberbamento, exultação, exaltação...
Foi essa a imersão proporcionada a todos os presentes pelas presenças estelares de Raquel Pereira e seu grupo Uarás (Edinho Twin, Val Branco, Val de Barros), o Zélementos (parceria entre Darc Maia e Victor Barros), e a escritora e editora Liz Rabello (que ao lado do fiel companheiro, parceiro e amigo Carlos Torrez mantém a editora Essencial) e mais uma infinidade de pérolas que ajudaram a tecer um colar solar naquele domingo outonal: Milton Luna, Mário Neves, Euflávio Gois, João Maloca, Yago Luna, Ivan Néris, Inês Santos, Rosinha Morais, Henrique Vitorino (numa singela homenagem ao mestre Raberuan), Manogom, Mateus Muradás, Beto Rio, Rosa Rocha (destilando emoções profundas ao cantar um poema de Osvaldo Tiveron), Tiveron e Carlos Bacelar, Bacelar e Sílvio Kono, o engraçadíssimo Francis Gomes com seu causo matuto, o indefectível Guilvan Miragaya, Escobar Franelas, José Pessoa, Silvia Maria Ribeiro, Adão Santos e Lucimar Borges, Alcione Gimenes e Carlos (representando a Editora Futurama), Éder Lima e Lígia Regina, João Caetano do Nascimento, Jorgina Rodrigues, Sandra Gomes e Gilberto Braz, além dos óbvios e sempre renovadores mestres de cerimônia Luka Magalhães e Akira Yamasaki.
O grupo Uarás trouxe para o sarau um fino painel com algumas das mais belas canções da música brasileira. Destaque para a magistral interpretação de Cuitelinho (Pena Branca e Xavantinho), na interpretação serena e contida de Raquel Pereira. Os Zélementos trouxeram para o palco da CA a canção soberba de Darc Maia, que escreve e interpreta de maneira única um repertório pautado pelo encantamento poético que transita com a mesma atenção o mundo rural e o mundo urbano, fincando - todavia - os pés firmemente no subúrbio, nas bordas da megalópole, sem deixar ser engolido por ela. Liz Rabello trouxe dois livros infantis, "O resgate" e "Amor à primeira lambida", agigantando ainda mais um espetáculo que se desenha sempre para um público mais adulto. Essa, aliás, uma das tarefas ainda a ser superada pela maioria dos saraus. Quem, como eu, já leu as duas obras, sabe que estamos diante de uma escritora inspirada e devotada à nobre tarefa de levar ideias cidadãs à pequerruchada que se dispor à literatura.
Fatos dados, pavimentamos o 44º Sarau da Casa sob o manto iluminado da deusa Poesia. que ela nos permita mais congraçamentos como este, até o fim dos dias, ou do encontro final com seus (a)braços anelantes.
Lígia & Éder: viscerais - foto Luka Magalhães

Liz (luz) Rabello pela câmera esperta de Luka Magaçhães

Francis Gomes entretendo o público da CA - foto Luka Magalhães

Edinho, Kinho (convidadíssimo no cajón), Raquel e Val: Uarás - foto Luka Maalhães

Val Branco implodindo palavra por palavra, letra a letra - foto Luka Magalhães

Victor e Darc, os Zélementos - foto Luka Magalhães
Todo sarau tem uma foto oficial - arquivo feicibuquiano de Luka Magalhães



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