Foto coletiva do 28° Sarau da Casa Amarela |
Acostumados com os sarau aos
domingos, nesse mês, por conta do Dia das Crianças, tivemos o evento realizado
em um sábado para mantermos a regularidade. Assim sendo, o 28° Sarau da Casa
Amarela aconteceu no dia 11 de outubro, sendo mais uma vez abrilhantado pelas
presenças de velhos, novos e novíssimos amigos. Foram mais dois lançamentos de
livros e um convidado para lá de especial.
Sidney Leal, que preside a
Associação Cultural “Literatura no Brasil” em Suzano, lançou seu livro “Sussurros
da Noite – loucura e sonhos”, uma coletânea de contos fantásticos, no melhor
estilo “Edgar Alan Poe”, de quem o autor confessa ser fã incondicional. Para
falar um pouco do livro, Escobar Franelas ressaltou a qualidade dos textos, dos
quais foi leitor quando o livro era tão simplesmente um apanhado de escritos soltos.
Ao mesmo tempo, o espaço para os
autógrafos também era dividido por Márcio Costa, lançando seu “Justa
Palavra”, na Casa Amarela. Como sempre, Akira Yamasaki conseguiu o impossível:
fez com que Márcio nos desse uma palha, lendo uma de suas crônicas, presentes no livro. Para comentar
sobre o livro, a escritora Enide Santos disse ter posto de lado todas as
leituras em andamento para poder degustar o livro, recomendando tão somente a
leitura da primeira crônica, pois ela acabaria nos levando a ler o restante do
livro.
Enide Santos falando sobre "Justa Palavra", de Márcio Costa |
Zé Afonso, Alemão ou simplesmente
Osnofa foi o convidado especial do Sarau. Dono de um repertório único, com um
humor cotidiano, ele fez com que suas canções fossem elencadas e pedidas pela plateia
que já o conhecia. Com memórias vivas de sua carreira, antes, durante e depois
do “Matéria-Prima”, banda que sobrevoava em São Miguel Paulista na década de 80
e de onde saíram grandes nomes como Edvaldo Santana, Zulú de Arrebatá, Éder
(Vicente) Lima e o próprio Osnofa; de suas parcerias com tantos outros artistas
da região e muito mais.
Akira fazendo a apresentação de Osnofa convidado especial do 28º Sarau |
Quem não conhecia Osnofa, pode
ver a “eterna criança” que ele mesmo disse ser, pela sua alegria em estar
revivendo e revendo sua trajetória e pela jovialidade que transmitiu quando cantava
em seus trocadilhos com canções infantis ou clássicos mundiais do rock n’ roll.
E como sempre, tivemos o “début”,
com duas novas presenças. Ana Lara Pereira, que desde a hora em que entrou na
Casa Amarela era só sorrisos pelo encantamento e acolhimento que o ambiente dá,
sentou-se e com seu bongô, declamou, cantou e fez acompanhamento para algumas
canções de Osnofa. Logo após Ana Lara,
foi a vez de Carla Chagas Passos dar uma palhinha com sua voz “rouca” e potente
e, mesmo com um pouco de rouquidão, literalmente falando, ela não se intimidou
diante da plateia sedenta de cultura.
Ana Lara e Carla Chagas, debutando no Sarau da Casa Amarela |
Sueli agradecendo Euflávio |
Uma surpresa para a Casa foi a despedida da Exposição de Euflávio Góis. Com seu jeito simples, ele agradeceu pelo espaço aberto e disse o quão importante foi a exposição em sua vida. Em retribuição, a Casa foi presenteada com a obra "Homem de cócoras", escultura feita especialmente para a Casa e que ficará exposta permanentemente no local.
Outras figuras também subiram ao pequeno
palco da Casa, mas não vamos citar nomes para não cometer injustiças se por
acaso esquecermos algum nome.
A Casa Amarela tem dessas coisas,
encanta, agrega, compartilha, divulga e promove tudo o que de cultura pode
haver em qualquer lugar de nosso Brasil, seja do norte com Carlos Moreira e Carvalho
Junior, do sul com Bianca Velloso, Mara Pittaluga, do centro-oeste com Neuza
Ladeira e Adriane Garcia ou de qualquer pedacinho de chão, onde haja um poeta escrevendo no papel e se não houver o papel a terra seca também servirá para se escrever.
Luka Magalhães
Lembrando também que Marcio Costa presenteou a CA com 3 volumes do seu livro.
ResponderExcluir