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foto: Luka Magalhaes |
Domingão, “sol de rachar”, eu resfriado, nariz escorrendo,
peito expectorando, com início de sinusite. Parti para a Casa Amarela.
Nosso Sarau completando seis anos de existência. Lembro-me
do primeiro sarau que fui, em 2011, com o homenageado Escobar Franelas, quando
conheci Sueli, Akira, Sacha, Gilberto Brás, Big Charlie e outros tantos; éramos
poucas pessoas na casa, mas já se respirava amizade, respeito e dedicação por
todas as artes. Muitos saraus se seguiram, totalizando 53 eventos na Casa Amarela
e mais alguns realizados em outras paragens (não contabilizo esses, por não
terem acontecido na Casa Amarela... mas Akira diz “há controvérsias”).
E nesse sarau, comemorativo, alegre, entusiasmado, recheado
de arte, amizade e amor, seria redundante dizer “foi lindo, maravilhoso, incrível,
inesquecível, etc....E sim. Foi tudo isso!
Tivemos, por incrível que pareça, exatas seis horas de
evento; iniciamos às 16:15 e o último acorde soou às 22:15. Não que a festa
tenha durado isso, pois antes do início sempre temos nosso momento social, de
boas vindas e conversa fiada (e afiada também) e após o último acorde tivemos
nossas despedidas com votos de “nos vemos na próxima”.
No dia, nossos amigos do “Peixe Barrigudo”, uma página do
Youtube que divulga artistas da periferia, organizada por uma galera
competentíssima de Guarulhos (recomendo visitar a página), estava lá para
filmar um programa com nosso sensei Akira e de carona com Sacha Arcanjo. Por conta disso, a condução ficou no encargo
deste que subscreve e do Escobar Franelas, que acabou tendo de dar suporte a
outros pontos da Casa...
... então a apresentação do sarau ficou em minhas mãos (resfriado,
nariz escorrendo, sinusite começando).
Nossos convidados especiais abrilhantaram o evento. Ivan
Ferretti declamou e trouxe consigo uma trupe para lá de talentosa. Rosa Rocha
mostrou para que veio, com sua poética e musicalidade deliciosa de se ouvir.
Paulo Miranda se apresentou com parcerias musicais, tocava e seus amigos cantavam e em
vários momentos a Casa Amarela cantou ao som dos acordes do Paulinho. Nossos “Cabras
de Baquirivú” arrasaram, apresentando o CD “Destilado de Poesia”, composto de
músicas com as poesias de Rosana Crispim da Costa e de quebra trouxeram uma
surpresa, com a participação de Sandra Gomes Leal, cantando algumas canções do
disco.
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foto: Luka Magalhaes |
Tivemos poesias, músicas, tivemos pessoas que cruzaram a
cidade para prestigiar o evento, conhecer o espaço e participar do sarau.
Tivemos bolo, parabéns para você e muito mais.
Tivemos arte, respiramos arte, fizemos arte e nos contaminamos pela arte.
Tivemos grandes artistas, tivemos um sarau que marcou
merecidamente o aniversário de seis anos do evento.
...
Eu gosto de brincar, dizendo que na “Casa Amarela – espaço cultural”,
existe algo que contamina as pessoas que
passam por lá. Quem conhece sempre vai voltar, quem se contamina, não quer sair
de lá.
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foto: Luka Magalhaes |
“resfriado, nariz escorrendo, sinusite começando."
...nem me lembrei disso!
... a arte que existe no sarau da Casa Amarela nos faz pensar somente em coisas
boas.